Olá Pessoal, tudo bem? Hoje vou falar um pouco sobre as diferenças entre blend e varietal, você sabe quais são? Os termos blend e varietal são muito comuns no mundo do vinho, e se você é um apaixonado por vinhos, certamente, já deve ter lido essas expressões em algum contra-rótulo ou ficha técnica.
Vamos primeiro aos sinônimos:
Blend, corte e assemblage significam que aquele vinho é feito de uma mistura de mais de uma uva, os três termos tem o mesmo significado, o que muda são as línguas diferentes. Vinho de corte em português, blend em inglês, e assemblage em francês.
Já quando lemos no rótulo ou ouvimos de alguém que aquele vinho trata-se de um Varietal, significa que aquele vinho é feito exclusivamente de uma uva.
Mas não se engane!
Há também os vinhos varietais que não são 100% feitos com apenas uma variedade de uva. Isso acontece porque cada país define a porcentagem mínima para considerar um vinho varietal ou blend. No caso do Brasil, o rótulo precisa ter 75% de uma única uva para ser considerado varietal, a porcentagem restante o enólogo completa com outra uva para dar o equilíbrio ou resultado que espera daquele vinho.
Por isso, se você busca um vinho varietal mesmo, é muito importante observar na ficha técnica que aquele vinho é 100% de uma determinada uva, te garanto que se for, o produtor vai te informar.
Varietais famosos:
Cabernet Sauvignon:
Originária da região de Bordeaux, na França, é uma das variedades tintas mais produzidas no mundo, sendo cultivada em quase todos os principais países produtores de vinho.
Pinot Noir:
Natural da região de Borgonha, na França, é uma uva delicada e difícil de cultivar. Alguns países do Novo Mundo, como Nova Zelândia, Estados Unidos e Chile, tiveram êxito na produção.
Malbec:
Apesar de ser uma das responsáveis pela fama dos vinhos argentinos, onde é a variedade mais cultivada, a uva Malbec tem sua origem na França.
Blends Famosos:
O blend bordalês ou corte bordalês, provavelmente é o mais cultuado e imitado do mundo. Mas que mistura seria essa? Não há uma receita padrão, mas há três uvas tintas principais que se mesclam de formas diferentes dependendo da sub-região e do produtor: a Cabernet Sauvignon, a Merlot e a Cabernet Franc. Isso sem contar a Petit Verdot, a Malbec e a Carménère, sempre em menores proporções.
A sigla GSM indica as três uvas tintas que se combinam nesse corte: Grenache, Syrah e Mourvèdre. É típico dos vinhos da região sul do Vale do Rhône, como Côtes du Rhône e Châteauneuf-du-Pape, que complementam o assemblage com algumas uvas locais. Esse corte resulta em vinhos muito frutados, macios e com corpo robusto.
Agora se quer conhecer um país famoso pelos belos cortes e blends, com certeza é Portugal.
Os clássicos alentejanos, normalmente, contêm as uvas Tinta Roriz (Tempranillo), Trincadeira e Alicante Bouschet, mas já existem muitas variedades, como a Touriga Nacional e a Castelão, presença indispensável nos vinhos mais jovens e frutados. Dificilmente você irá encontrar um vinho varietal português, o país é mundialmente conhecido por produzir excelentes vinhos de corte, são sempre muito elegantes. Eu, honestamente, nunca tomei um vinho português ruim, meu pai (Seu Odilon Hessel) que o diga, grande fã de vinhos portugueses. Aqui na Casa Hessel, você encontra excelentes exemplares portugueses para todos os bolsos, te convido a visitar a nossa loja www.casahesselvinhos.com/shop
Aceita uma sugestão?
Vinho Tinto Vallado Quadrifolia, corte de Touriga Franca e Tinta Roriz. Criação da renomada Quinta do Vallado, uma das mais antigas do Douro, é um vinho jovem com intensos aromas de frutas vermelhas. Corpo médio, ótima acidez e taninos bem macios.
Gosta de vinho branco? Recomento o Esporão colheita branco (Orgânico). Está safra foi elaborada com Antão Vaz, tradicionalíssima variedade alentejana, cheia de romãs maduras e melão amarelo, Alvarinho e Viosinho. O sabor é rico, encorpado, sedoso, lembra um pouco o Chardonnay da Califórnia.
Por fim, qual é melhor? Varietal ou Corte?
Eu, para te falar a verdade, adoro os dois! Te convido a sempre EXPERIMENTAR!
As diferenças básicas são que os vinhos varietais é a expressão do terroir, tudo o que aquela uva pode se expressar. Já os vinhos de corte, blends e assemblage, é a mão do enólogo, tudo o que ele aprendeu e quis expressar naquele vinho.
E você, qual curte mais? me conta ai nos comentários!
Cheers!
Camila Hessel
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